Observatório de Justiça e Conservação ganha prêmio por defesa do meio ambiente

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Foram valorizadas entidades e pessoas que se destacaram nem 2017 e 2018 com trabalhos em prol da conservação e preservação da natureza e da defesa de direitos da coletividade_OJC

O Observatório de Justiça e Conservação (OJC) recebeu um importante reconhecimento da Câmara Municipal de Curitiba na noite de 28 de junho. Ganhou o prêmio “Ecologia e Ambientalismo” pelo “destaque alcançado através de ações em defesa do meio ambiente e dos interesses ecológicos”.

O reconhecimento valorizou iniciativas que se destacaram nos anos de 2017 e 2018. O OJC foi indicado pelo vereador Marcos Vieira (PDT) e a cerimônia de premiação ocorreu no Palácio do Rio Branco, em Curitiba (PR).

No evento, também foram valorizadas outras entidades e pessoas que se destacaram nos dois últimos anos com trabalhos em prol da conservação e preservação da natureza e da defesa de direitos da coletividade. Foram 29 prêmios no total. Para conhecer os homenageados, acesse as listas de 2017 e 2018.

Para Giem Guimarães, diretor-executivo do OJC, o reconhecimento é mais um estímulo para que o trabalho de exigir que se cumpram os princípios legais de transparência e publicidade dos atos praticados por agentes públicos continue. “Acreditamos que a promoção da transparência e o estímulo à informação bem apurada são capazes de mobilizar a sociedade para causar qualquer transformação. Não toleramos mais que interesses individuais se sobreponham e comprometam o bem estar de todo um ecossistema e da coletividade, que dele depende”, afirmou.

Na foto, Claudia Guadagnin, jornalista e gerente de comunicação do OJC, o vereador Marcos Vieira (PDT), Giem Guimarães, fundador e diretor-executivo do Observatório, e Aristides Athayde, vice-presidente _OJC
O OJC foi indicado pelo vereador Marcos Vieira (PDT) e a cerimônia de premiação ocorreu no Palácio do Rio Branco, em Curitiba (PR)_OJC

Sobre o Observatório

O Observatório de Justiça e Conservação (OJC) é uma organização sem fins lucrativos apartidária e colaborativa. Fiscaliza ações e inações do poder público buscando identificar irregularidades administrativas e legais e combater a falta de transparência e a corrupção em assuntos relativos à conservação da biodiversidade. O OJC reúne integrantes de entidades públicas, privadas, organizações não governamentais, universidades, pesquisadores e profissionais liberais que apoiam ou trabalham pela preservação do patrimônio público natural.

Desde que foi criado, em julho de 2016, o foco de atuação do Observatório está, prioritariamente, no Sul do Brasil, onde se destaca a presença de ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica e altamente pressionados por décadas de exploração irregular, como a Floresta com Araucária – ou Floresta Ombrófila Mista (FOM) – e os Campos Naturais, por exemplo.

Estudos indicam que restam em torno de 7% de Mata Atlântica em fragmentos bem conservados acima de 100 hectares em todo o Brasil. No Paraná, onde a Floresta com Araucária e os Campos Naturais já ocuparam, respectivamente, 40% e 13% de todo o território estadual, as áreas que hoje concentram remanescentes em bom estado de conservação não ultrapassam as marcas de 0,8% – no caso da Floresta com Araucária – e 0,24% – para os Campos Naturais – em relação aos percentuais originais.

 

Campanhas

Desde que iniciou os esforços, o OJC se destacou por conduzir campanhas que tiveram expressão, como os movimentos #ParePresteAtenção e o #SalveaIlhaDoMel. Os dois contaram com o envolvimento de artistas voluntários que se reuniram para, por meio da arte, questionar o modo opressor, abusivo e antidemocrático com que propostas de fragilização ambientais vinham correndo no Estado do Paraná.

O primeiro critica o projeto de lei 527/2016, que prevê a mutilação de 70% da Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana a maior unidade de conservação do Sul do Brasil. O segundo condena a proposta de viabilização de um agressivo complexo industrial portuário em Ponta do Paraná, que inclui um porto privado que seria feito em frente à Ilha do Mel e uma estrada para atendê-lo. Só para ser feita, ela derrubaria mais milhões de metros quadrados de Mata Atlântica em bom estado de conservação. E isso na região que ainda concentra os últimos remanescentes do bioma, altamente pressionado por décadas de exploração irresponsável, no Brasil e no mundo. Juntos, os dois clipes das músicas que foram criadas para sensibilizar a população para as causas já somaram quase três milhões de visualizações só no Facebook do OJC e estimularam o envio de cerca de 300 mil e-mails ao poder público questionando as propostas.

Para saber mais sobre essas e outras ações do OJC, acesse nossas notícias e nos acompanhe pelo Facebook, Instagram e Twitter.

 

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