A artista visual Birgitte Tümmler define-se como uma dinamarquesa apaixonada pelo Brasil. Radicada no país desde a infância, a ilustradora especializou-se em pintar animais da fauna brasileira, utilizando uma técnica pessoal e um instrumento muito comum na casa de todos os brasileiros. “Sempre temos uma caneta BIC na mão e essa facilidade despertou minha paixão. Por incrível que pareça, a caneta possibilita muitos efeitos, desde traços mais suaves até uma cobertura mais forte”.
O contato com as formas e as cores da natureza começou nos anos de 1980, no Paraná, quando Birgitte Tümmler atuou como espeleóloga – especialista que estuda cavernas – e na arqueologia.
“Devo às cavernas a questão de mergulhar para dentro da natureza. A partir daí tudo se abriu para mim. Nos tornamos humildes a partir do momento em que sentimos a força e os valores que a natureza tem, e percebemos que não somos nada sem ela. E tudo teve ainda mais sentido para mim quando passei a trabalhar com arte e natureza, associadas à conservação do meio ambiente”.
De lá para cá, foram inúmeras exposições coletivas e individuais, algumas com fundo social e preservacionista, no âmbito nacional e internacional. Ela explica que suas pinturas são um trabalho naturalista e não ilustrações científicas, apesar de representarem a realidade com perfeição, principalmente no caso das aves. A construção das imagens é feita por meio da observação das aves soltas com ajuda de registros de fotógrafos da natureza.
“Os passarinhos foram aparecendo pouco a pouco, por meio de projetos, e quando me vi estava fazendo uma centena de pássaros. Eu me considero um instrumento de algo maior, que nos conecta com nosso ser puro e nos leva a refletir sobre as questões da vida e do mundo.”
Caneta BIC
O trabalho de Birgitte despertou a atenção dos executivos da fabricante de canetas. “Para nós, é um motivo de orgulho ver a icônica caneta BIC Cristal nas mãos tão talentosas de artistas como a Birgitte Tümmler, transformando ideias em obras de arte”, afirma Rodrigo Iasi, diretor de marketing da BIC.
Atualmente Birgitte trabalha com encomendas e vendas de obras prontas. Em 2021 foi convidada para um trabalho inusitado: ilustrar o rótulo de uma cerveja que tem a fábrica aos pés da Mata Atlântica, no município de Morretes. A Saíra-preciosa, ave endêmica e uma das mais coloridas das florestas brasileiras, foi escolhida como símbolo da bebida.
“A nossa ligação com a Birgitte é mesmo a natureza. Os nossos rótulos trazem imagens da Mata Atlântica e a artista tem justamente isso como grande tema de interesse. A fabricação de cerveja também é um trabalho artístico em sua forma de combinar sabores e nós sempre quisemos essa oportunidade de divulgar e unir as duas artes. Era um sonho nosso ter o trabalho dela ilustrando nossa cerveja”, conta Mirian Lovera, sócia proprietária da Cervejaria Porto de Cima.
Seja o primeiro a comentar