Já sentimos os duros efeitos da desaceleração comercial, da perda de empregos, das reduções salariais, do desaquecimento das economias globais e estamos expostos aos efeitos que isso vem ocasionando, inclusive, impondo a falta de alimentos nos pratos de milhões de pessoas.
Acompanhando dia a dia as notícias sobre o coronavírus no mundo, pode parecer difícil se manter esperançoso. A ansiedade parece nos dominar em muitos momentos, mas queremos te lembrar de que precisamos continuar atentos a todos os problemas que essa pandemia acarreta, sim, mas também podemos lembrar de que existem razões para acreditarmos que, tomando as decisões corretas agora e cobrando posturas e ações adequadas dos líderes globais, isso também vai passar.
Como uma forma de acalmar o seu coração, selecionamos algumas boas notícias para te dar esperança e lembrar de que precisamos sair desta crise diferente em relação à época de quando entramos nela.
Os modelos de práticas produtivas, comerciais e exploratórias do mundo não sustentam mais. Pela nossa sobrevivência, pela vida das crianças que já habitam este planeta e pelas futuras gerações que virão, precisamos entender que conservar e proteger a natureza é, mais do que nunca, uma necessidade vital e não causa partidária, ideológica ou política. Mais do que nunca, precisamos nos unir, porque, como este vírus já prova, os efeitos de ações individuais ou coletivas afetam a todos nós e a todas as espécies.
1. Wuhan recupera a alegria, sem baixar a guarda
Fotos de casamento, banhos no lago, piqueniques. A vida volta devagar a Wuhan, cidade chinesa onde surgiu a epidemia de COVID-19, embora ainda seja preciso esperar para ver sua recuperação completa. Após semanas isolada do mundo, a metrópole de 11 milhões de habitantes da região central do país suspendeu seu isolamento no dia 8 de abril. Pouco a pouco, seus moradores começam a se arriscar fora de casa. Fonte: Uol
2. Sem nenhuma morte pelo coronavírus, estratégia “low cost” do Vietnã é apontada como exemplo de combate à epidemia
No Vietnã, país com quase 100 milhões de habitantes e que faz fronteira com a China, nenhuma morte relacionada ao Covid-19 foi relatada e menos de 300 casos de contaminação foram confirmados até o final de abril. O balanço é considerado credível pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que chegou a elogiar o país por sua transparência. Como o Vietnã não tinha meios de realizar testes massivos na população, diferentemente da Coreia do Sul, o governo aplicou uma estratégia que alguns descreveram como “low cost” (de baixo custo). O país priorizou o isolamento dos doentes e a localização das pessoas com as quais os infectados entraram em contato, direta ou indiretamente. Ao todo, quase 100 mil pessoas foram colocadas em quarentena. Esse também foi o caso de todos os viajantes que chegaram do exterior, colocados, imediatamente, em quarentena por 14 dias, geralmente, em prédios militares fora das cidades. Fonte: Uol
3. Brasil já começou a tratar casos graves do novo coronavírus com plasma
Duas mulheres e um homem com Covid-19 internados em estado grave no Instituto Estadual do Cérebro (IEC), no Rio de Janeiro, tornaram-se, na segunda quinzena de abril, os primeiros pacientes do Brasil a receber o tratamento experimental com infusão de plasma de convalescentes contra o coronavírus. O trabalho reúne, além do IEC, o Hemorio (onde mais de 500 pessoas já se cadastraram para doar plasma) e o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ. A infusão do plasma doado por pessoas que tiveram Covid-19 e se recuperaram tem obtido bons resultados em testes nos EUA e em outros países e é vista como uma esperança para salvar a vida dos doentes em estado crítico. Fonte: O Globo
4. Covid-19: pesquisa cria teste oito vezes mais rápido para assintomáticos
Uma equipe de pesquisas de Israel usou um novo algoritmo que pode descobrir portadores assintomáticos da Covid-19 oito vezes mais rápido. Como informa o site de divulgação científica EurekAlert, os pesquisadores da Universidade Ben-Gurion estão utilizando a tecnologia de inteligência artificial para conseguir estes resultados. Angel Porgador, um dos professores envolvidos na pesquisa, afirmou que os primeiros resultados são muito promissores e o método está sendo validado. Segundo ele, uma forma de diminuir a velocidade de propagação do novo coronavírus é aumentando o número de testes e quebrar a corrente de infecções. Fonte: R7
5. Unesp lidera desenvolvimento de nanocorpos contra Covid
O Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Unesp (Cevap) de Botucatu (100 quilômetros de Bauru) se uniu ao Instituto Biológico de São Paulo, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Instituto Vital Brazil, Fundação Ezequiel Dias e empresas farmacêuticas brasileiras e americanas para desenvolver tratamento inovador baseado em nanocorpos para o combate à Covid-19 em pacientes infectados. Nanocorpos são seres vivos microscópicos do tamanho de um nanômetro, o equivalente à bilionésima parte de um metro. A realização deste projeto translacional de pesquisa, desenvolvimento e inovação permitirá a produção de anticorpos candidatos para a imediata realização de ensaios clínicos durante a pandemia de Covid-19, tanto para tratamento quanto para profilaxia”. Fonte: Climatempo
8. Espanha anuncia flexibilização da quafirentena até final de junho por etapas
O governo espanhol anunciou dia 28 de abril que começará a flexibilizar a rigorosa quarentena estabelecida para barrar a propagação do coronavírus no país. Segundo o primeiro-ministro Pedro Sánchez, o processo acontecerá gradualmente e em ritmos diferentes até o final de junho. Sánchez explicou que o fim da quarentena acontecerá em quatro etapas e vai durar entre seis e oito semanas na Espanha. Segundo ele, este período corresponde ao processo no qual “a saída das pessoas de casa, a abertura de lojas e hotéis e as atividades de lazer serão flexibilizadas”.
9. Em meio a tanta dificuldade, a natureza conseguiu respirar*
Na China, a redução de poluentes ocorreu entre janeiro (primeira foto) e fevereiro (segunda foto), quando a quarentena se intensificou no país. A imagem feita por satélites da NASA e ESA (Agência Espacial Europeia) mostra a concentração de NO2 na atmosfera chinesa. Agora, com a retomada da produção industrial, a China já voltou a registrar altos índices de poluição. Desde o dia 17 de fevereiro, os índices de NO2 estão 50% maiores do que no período de quarentena. Mesmo assim, eles ainda estão 20% mais baixos quando comparados ao mesmo período de 2019. Os dados são do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Puro.
10. Em Nova York, as emissões de monóxido de carbono de automóveis diminuíram 50% em comparação ao ano passado, segundo a Universidade Columbia. O mesmo aconteceu no Brasil: segundo a Cetesb, a poluição atmosférica em São Paulo também caiu pela metade após uma semana de quarentena na capital.
11. Alguns moradores do norte da Índia também puderam ver parte da cordilheira de Dhauladhar, no Himalaia, pela primeira vez. Devido ao alto índice de poluição atmosférica no país, o fenômeno não acontecia desde a Segunda Guerra Mundial.
12. Em Llandudno, no Reino Unido, várias cabras foram vistas andando pela cidade durante a quarentena. O mesmo aconteceu com animais de Tailândia, Índia e África do Sul.
13. Na Itália, peixes puderam ser vistos nos canais de Veneza, que antes eram extremamente turvos. A água cristalina é resultado da menor movimentação de barcos pelos canais. O vai e vem faz com que os sedimentos fiquem em suspensão na água. Sem eles, a terra se acumula no solo e a água parece mais limpa.
14. A quarentena também diminuiu o ruído sísmico da crosta terrestre, resultado da diminuição da atividade humana. O fenômeno foi detectado por geólogos de diversos países. Na prática, a diminuição do ruído não faz tanta diferença para o meio ambiente, mas pode facilitar a detecção de terremotos leves e outros pequenos abalos sísmicos.
15. Mesmo com tantas mudanças para o meio ambiente, se não mudarmos os hábitos, a emissão de poluentes pode voltar com ainda mais intensidade quando a quarentena geral acabar. Depois da crise financeira de 2008, por exemplo, a emissão de carbono cresceu 5%, como resultado dos estímulos econômicos ao setor de combustíveis.
*Com informações da revista Superinteressante
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